quinta-feira, 22 de abril de 2010

"Brilha Muito" no clipe

Nós sabemos, vocês estavam com saudades. Nós também.

Daí que nesse fim de semana feriado que passou nós fomos numa balada muderna e, inspirados por vários tipos humanos que vimos por lá, resolvemos criar uma tag nova no blog: a "Brilha Muito".

Como o nome indica, essa tag vai se dedicadar a mostrar gente que brilha, que faz merda mais pelo Brasil...

Para a nossa estréia (porque essa que gente que brilha não nasce - ou inicia, começa-, estréia), uma volta dos mortos-vivos pérola da música brasileira!

Com vocês, Pepê e Neném - Imprevisível Demais:

quinta-feira, 4 de março de 2010

direto do mural do ru da ufsc

indo almoçar, deparo com dois daqueles espécimes publicitários populares que, por um pequeno detalhe que seja, impressionam.
o primeiro revela a preocupação do proprietário com as DORGAS MANO:

defina droga, por favor?


o segundo é o tipo de serviço de que toda dama como eu precisaria. afinal, para que serve um marido senão para jardinagem, pintura, consertos e fretes (ou viajens)?


em geral é uma coisa que me irrita profundamente.

(thanks to @rafaelomondini pela edição das imagens.)

quarta-feira, 3 de março de 2010

free paris, reloaded

não se trata de libertar a cidade de paris (ok, piada velha, faria sentido em... 1945?) nem de soltar a criatura da cadeia. trata-se do furor que se gerou pelo brasil graças ao fato de que a cervejaria devassa (agora pertencente ao grupo schincariol) resolveu chamar paris hilton para a campanha publicitária de sua nova cerveja, a devassa bem loira.
sim, o contrato foi milionário, e só possível justamente porque a devassa não é mais a cerveja que era antigamente. e não venham dizer o contrário, porque onde schincariol bota o dedo, boa coisa não resulta. vide o assassinato do dono da empresa, lá nos idos de 2003.
de lá pra cá, a coisa cresceu, a cerveja mudou de cara e de nome, chamou a ivete sangalo pra garota propaganda e agora tem comprado outras cervejarias pra ampliar mercado, o que não deve, certamente, agradar muito a ambev. meu pai tem o costume de agradecer a existência de cervejas baratas porque elas seguram o preço de antarctica, brahma, skol e afins, as quais, se tivessem monopólio, já estariam pelo menos no dobro do preço. não deixo de dar a ele alguma razão.

o fato é que censuraram a campanha da cerveja com paris. esta campanha:

e nem o povo da folha de são paulo (gilberto dimenstein e sérgio malbegier) conseguiu se entender a respeito. só se entenderam em uma coisa, no óbvio ululante: consumo excessivo de cerveja faz mal à saúde. de qualquer forma, vão fazer o que? abrir caça às bruxas, como estão fazendo com o cigarro? impossível, o truste é bem mais forte.
em qualquer porta de boteco há cartazes com fotos de mulheres bonitas segurando cervejas. para não falar em marcas baratas como "a outra" que fazem publicidades como "porque a outra é sempre mais gostosa". de qualquer forma, estão ligando diretamente bebida e libido (hetero ou homo, whatever).
agora, uma ação pseudomoralista contra o "sexismo" na exibição das imagens femininas teria muito mais o que fazer do que censurar especificamente essa propaganda. quem se preocupa, por exemplo, como bem apontou malbegier, com a bunda da globeleza aparecendo todo dia e com a incitação sexual do carnaval? aí fica tudo normal?
é como acreditar, por outro lado, que assimilar imagem de jogador de futebol com cerveja é prometer corpo de jogador para quem bebe. as marcas se dão ao direito de usar imagens que apelem ao consumo (e publicidade não é isso?), sejam elas de mulheres, homens, crianças ou outros produtos. e ainda mais em se tratando do nome que a cerveja adota... que imagem melhor do que a de uma celebridade de sextape?
e enquanto ficam chorando pitangas, cerveja vende. porque com tanta desilusão como sofre um povo como o nosso, resta o que, senão beber?
por outro lado, me forço a discordar que paris seja a última mártir do lulismo. é franca tentativa de assimilar o problema com política partidária, quando a moção saiu de grupos de publicitários. potenciais consumidores de cerveja, eles também.
daqui a pouco acabam proibindo a publicidade de cerveja, como a de cigarro. ou proíbem beber na rua, como nos estados unidos.
quer saber? o bafafá teria sido bem menor se não tivessem importado a paris pra publicidade. bem assinalou o @vicmatos tempos atrás que o grupo schincariol teria até economizado se tivesse usado a paula burlamaqui (ex-garota-coscarque - e olha que não tachavam essa propaganda de apelativa nem de sexista) pra fazer a campanha.


bem, talvez ela tenha feito de graça.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

rasgando seda atrasada

/cry
foi tachada de tudo. o "rei" do brasil disse que era x9, dedo-duro, fofoqueira. respondeu à altura. falaram do bigode: nada melhor para realçar o estereótipo da masculina do que insistir no que poderia ser um desleixo ou uma afirmação de masculinidade. pensou em fazer o que eu acho mais arriscado, ainda que mais correto, dentro de um reality show: jogar com o que sente. e foi, para mim, muito mais "homem" do que marcelo dourado. no melhor sentido que a palavra "homem" pode ter, machismos, machorrices e desejos de quebrar dedos à parte.
foi parte até mesmo de uma novela armada em que nem pedro bial se eximiu de tentar arrumar rusgas em uma amizade: o caso da paixão pela cacau. manteve-se, ali, firme, com uma mulher que potencialmente amaria e que namora um homem que potencialmente é gay e não sabe.
saiu chorando e falou com uma verdade sobre sua postura e sobre como boa parte daquela casa não percebe que é pivô de jogo de uma pessoa que já entrou com a vantagem da participação em outra casa e que não tem paúra de reafirmar preconceitos tão bestas quanto o de que heteros não pegam aids ou o de que dois homens se beijando são motivo de nojo.
talvez tenha errado em dizer que a única coisa que dourado tinha a mais do que ela eram os músculos. a maldade e o poder de manipulação dos que estão dentro e da mentalidade retrógrada da opinião pública fazem todo o diferencial necessário para se alinhar a uma galeria de grandes representantes do brasil, como bam-bam, maximize-se/minimize-se, diego alemão e dhomini. vale até usar o pai pra dizer que o filho "é acostumado a viver com gays". talvez não assumidos. as academias por aí andam cheias. ou talvez não com gays não-frágeis, ameaçados e reduzidos ao seu cantinho, como angélica não se mostrou. e pior, ainda, na cabeça de um machista: estava sendo contestado por uma mulher, de igual para igual.
angélica terminou de ganhar meu coração e sepultou esse papo da rivalidade gay-hetero, para mim, quando se posicionou a respeito de uma pessoa como sérgiorgastic. o ponto todo da discussão, até o presente momento, estava sendo posto, pela maioria das pessoas, entre homofobia e heterofobia. e eis que ela, sobre quem bial chegou a dizer que tinha um "xodó" por sérgio, ao ponto de querer sua companhia na hora mais difícil da privação, depois de ver toda a vingança que vinha se armando por um sérgio repetidor das palavras do mesmo fulano que teve nojo dele à mesa, um sérgio que cede quando instado por uma autoritária como lia a "se posicionar", solta a seguinte frase: "entramos na mesma sintonia por termos a mesma opção sexual, mas isso não significa nada. existem gays com e sem caráter."
muito menos do que gênero, a questão que me preocupa é a maneira como o brasil assinou embaixo de posturas autoritárias e dissimuladas.
restam as cenas dos próximos capítulos. dourado já estica os tentáculos para cacau.
e pra angélica, que ganhou meu coração de vez ontem no depoimento de saída (juro que quase chorei), um beijo grande. se é que um dia ela vai ler isso.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

e lá isso é ruim?


ok, gente, já deu pra entender que fumante é a nova vítima do gueto de varsóvia, que daqui a pouco só vai poder fumar no manicômio, no presídio e em casa e tudo o mais.

sei além de tudo de todo o mal que faz o cigarro - e tem mais duzentas mil coisas que fazem mal, mas ninguém faz os carros emitirem menos fumaça ou pensa na porrada de corantes das comidas industrializadas -, mas também sei o quanto ele relaxa nos momentos de maior estresse ou o potencial que tem de preencher horas em que não há nada a fazer, ou ainda, a maneira como pode ser uma boa dinamite para o cérebro na hora de escrever ou de acaloradas discussões em mesa de bar.


agora... quem foi que disse pros franceses que isso desmotiva a fumar?

Me escraviza!
bem no fim, tabaco de cu é rola e além de tudo eu tive que ler a matéria da Folha pra entender que se tratava de um menino e uma menina e não de duas meninas. (androjnia pride)
mas vai dizer que um pouquinho de submissão não faz bem ao jogo do sexo? a menos que você seja um puro sádico. vá lá, eles nem estão com cara de quem comeu e não gostou. só um pouco assustados, mas deve ser coisa da primeira vez. coisa de francês.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Street Fashion, Basic Gay

All Star, camisa xadrez e calça skinny,



desde 1977, verdadeiros clássicos gays.


Direto do Museu de Arte Moderna de San Francisco. Agora vocês me digam se a gente num entende tudo de ser Undergay.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Tutorial UnderGay

Foi-se o tempo em que ser gay podia ser considerado underground.
Quando até o BBB é chamado de "colorido", fica claro que ser gay é uma das opções mais hypadas do momento, perdendo para os heteros por uma mera questão numérica (porque é evidente que ser gay é muito mais In). Hoje, para ser um verdadeiro Undergay é preciso seguir algumas regras básicas de etiqueta e comportamento.
Buscando ajudar @s interessad@s, publicamos aqui uma pequena lista com 40 coisas a serem observadas e seguidas à risca, para que você se torne um Undergay de sucesso. Vamos lá:

1. não viva apenas para ser viado. seja gay e mais alguma coisa. dar o cu é uma coisa que qualquer um pode fazer.
2. use all-star.
3. bermudão florido é o inferno. Diga não.
4. pintar o cabelo de preto é coisa de emo.
5. pintar o cabelo de vermelho é coisa de adolescente revoltadinho.
6. descolorir os cabelos é coisa de pagodeiro.
7. corrente (ou correia) de prata não é algo esteticamente harmônico.
8. perfume e desodorante não foram feitos pra você tomar banho; aliás, perfume e desodorante não são a mesma coisa.
9. Se fizer uma tatuagem, que não seja um bambi, um unicórnio, um arco-íris nem nada escancaradamente gay. Estrelinhas também devem ser descartadas.
10. ser mano não significa não ser viado. não seja uma bicha mano.
11. excesso de formatações especiais no orkut perturbam a visão e tiram a vontade de conhecer o dono do perfil.
12. bronze de laje = câncer de pele.
13. ninguém é obrigado a estar de bom humor sempre. Quando nao estiver e um idiota estiver te enchendo,sorria e dê um soco.
14. aprenda a praticar o desapego.
15. guarde o mistério, tirar roupa na balada a tia Amy diz "no no no".
16. pagode não é música.
17. sertanejo universitario não é música.
18. funk não é música, serve no máximo para apreciação antropológica, mas você DEVE se acabar na pistinha quando rolar um pancadão.
19. se vomitar na balada, culpe a bulimia.
20. quadro de galeria de shopping não é arte.
21. jaqueta jeans com calça jeans é brega pride.
22. NEVER, EVER atreva-se a usar uma calça maior que a da sua irmã mais nova. Caso não tenha uma irmã, vale a prima magricela ou a vizinha miudinha.
23. Só ao All-star é permitido sujeira, quanto aos outros calçados, por favor... não.
24. cabelo arrumado é fundamental: passe horas mexendo nele, até ficar com cara de que não gastou nem um minuto na atividade.
25. maquiagem durante o dia: vc não é trava, amiga.
26. só use mocassim se vc tiver classe.
27. regata apenas em condições propícias.
28. caramelo é cor de avô.
29. Tenha classe, mesmo bêbado.
30. mullets são preferiveis a franjão emo.
31. fuja de dramas de gênero.
32. homem bombado com azeite de oliva não é gostoso.
33. nem todo vintage é chic.
34. ouça musica e não bate-cabelo.
35. Neon não é legal. Ponto.
36. Brilho é sinônimo de glamour, mas não saia por aí parecendo um luminoso.
37. Diga não às bijoux, principalmente se forem grafadas “bijoux”. Lembre-se: Diamonds are a girl's best friend.
38. Violinos e cravos não tocam na balada.
39. Por mais que você goste da Madonna ou da Lady Gaga, não grite como uma mulher histérica ao ouvir uma música delas na balada.
40. Não diga “Atóron” a sério. É permitido usar em tom de deboche.


Em tempo: essa lista foi elaborada por MMe. B-Ovary, Dama Lelé e Miss Happy-Burn, com colaboração de amig@s do twitter. Se você tiver algo a acrescentar, por favor, escreva nos comentários. Se publicar essa lista em algum lugar, seja educado e publique a fonte. Se não gostou do que dissemos, bem... Problema seu.